30º Aniversário da World Wide Web
A Era da Informação e da Globalização veio e revolucionou o modo como vemos e vivemos a vida. Damos todos graças à World Wide Web, a vida não seria a mesma sem ela. No dia 12 de Março, assinalou-se o 30º da World Wide Web, mais conhecida como www.
A mudança para o mundo em que atualmente vivemos começou em 1989, com Tim Berners-Lee, trabalhador do CERN, na Suíça, que propôs ao seu chefe a criação de um sistema que facilitasse a circulação de informação relativamente aos projetos que eram desenvolvidos nos laboratórios. Foi na Suíça, que se desenvolveram os alicerces, difundidos atualmente por todo o mundo, da rede que hoje é essencial numa base diária a mais de metade da população mundial.
Apesar de Berners-Lee ter lançado a ideia revolucionária, foi às mãos de Jim Clark e Marc Andreessen que a noção de uma rede comercial foi popularizada, em meados dos anos 90 do século XX, através da introdução do primeiro browser online, chamado de Netscape, desenvolvido pela Mosaic Communications Corporation.
Na sua carta anual de celebração do aniversário da WWW, Berners-Lee deixa uma mensagem de otimismo para aquilo que espera que a Internet poderá tornar-se nos próximos 30 anos. «Dada a quantidade de mudanças que a Internet sofreu nos últimos 30 anos, seria derrotista e pouco imaginativo assumir que a rede, tal como a conhecemos, não mude nos próximos 30 anos», reforçando a ideia que «se desistirmos de melhorar a net agora, ela não nos irá desiludir. Pelo contrário, nós é que vamos desiludi-la». Não obstante realça os pontos negativos e que constituem os maiores problemas da internet, sendo estes, o uso perverso da web (comportamentos criminosos, assédios, hacking), falhas de sistemas que possibilitam o ganho ilegal de dinheiro e a disseminação de informações falas e perigosas. Por último, realça ainda a oportunidade que os governos, empresas e cidadãos têm de caminhar simultaneamente e em conjunto no sentido de utilizar e gerir melhor a web, aspeto que já tinha proferido na Web Summit, realizada e Novembro do ano passado em Lisboa.
«O Contrato para a Web não deve ser uma lista de soluções rápidas, mas um processo que sinalize uma mudança na forma como entendemos o nosso relacionamento com a comunidade online. O contrato deve ser suficientemente claro para ser visto como uma estrela-guia, mas flexível o suficiente para se adaptar ao ritmo acelerado de mudança tecnológica. É a nossa jornada da “adolescência digital” para um futuro mais maduro, responsável e inclusivo», concluiu na carta.